segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Joãozinho Gomes: um poeta cantador da Amazônia

 


Poeta, compositor, escritor e cantor, Joãozinho Gomes nasceu sob as bênçãos de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém (PA), em outubro de 1957. “Bem cedo, aos 12 anos, já escrevi algo que imaginei ser um poema”, diz. Logo descobriu sua vocação para a poesia. Seu caminho foi guiado para a Música Popular Brasileira (MPB) e hoje é autor de mais de quinhentas canções compostas ao lado de parceiros, muitos deles já consagrados no cenário musical brasileiro, como Chico Cézar, Lecy Brandão, Nilson Chaves, Jean Garfunkel, Jane Dubc, Enrico Di Miceli, Val Milhomem, Amadeu Cavalcante, Jane Duboc, Eudes Fraga, Walter Freitas e tantos outros artistas da nossa região amazônica. Assim como parceiros de letra, muitos intérpretes consagrados também cantaram suas obras.

Joãozinho Gomes já assinou muitos discos com parceiros, filhos dessa imensa Amazônia musical, com um tempero vindo da floresta e capaz de encantar a quem por aqui pisa e prova desse sabor da terra santa da arte.

De tantas canções espalhadas no leito musical do cancioneiro brasileiro, o poeta Joãozinho Gomes assina pelo menos duas como suas expressões mais próximas do coração, ‘Jeito Tucuju’, em parceria com o amigo Val Milhomem (considerada o hino cultural do Amapá) que declara amor e sentimento eterno com o rio Amazonas: “Quem avistar o Amazonas nesse momento e souber transbordar de tanto amor, esse terá entendido o jeito de ser do povo daqui”, e Pérola Azulada, com Zé Miguel, com expressiva declaração de amor a terra, como nação e como morada, “eu amo você, terra minha amada, minha oca meu iglu, minha casa, à bênção minha mãe”. 

Cinema de Angola pela primeira vez em cartaz no Netflix

 


O filme ‘Santana’, produzido por Maradona Dias dos Santos e Chris Roland, estreou nos cinemas em 2015 e no mês de agosto ganha visibilidade mundial ao ser incluído no catálogo do Netflix. O filme é a primeira produção de Angola a ser apresentada na plataforma de streaming.

A atriz Neide Van-Dúnem é a estrela principal do filme. Depois do sucesso na peça ‘Elas Não Precisam de Homens?’, sua participação na obra confirma o seu talento e versatilidade na arte da representação. Formada em Artes Cênicas em Los Angeles (EUA), a jovem de 33 anos iniciou a carreira artística no teatro de Luanda, em 2003, com apenas 17. Teve a sua estreia em televisão na mini-série ‘Sede de Viver’ um ano mais tarde. Atualmente ela também é CEO da Produtora Mentes Fabulosas, além de ser apresentadora de televisão. Recentemente participou ainda do filme ‘A Dívida’.

Baseado em fatos reais, ‘Santana’ é um filme de ação que conta a história de dois irmãos, um é general e o outro agente da divisão de narcóticos, que finalmente descobrem a identidade do traficante de drogas que assassinou os pais deles décadas antes. A obra tem no elenco, dentre outros, os atores angolanos Paulo Americano, Raul Rosário, o nigeriano Hakeem Kae-Kazim e a sul-africana Jenna Upton. (Jennifer da Silva – Suporte MF Press Global).

Dois artistas musicais amazônicos - Beto Oscar e Helder Brandão:


 

Beto Oscar e Helder Brandão estilizam e fundem os ritmos tradicionais amapaense e amazônico, sobretudo, o marabaixo e batuque, partindo do principio que “o regional é universal”, pois a música é linguagem sem fronteiras. Assim, a musicalidade da dupla traz no bojo dos seus acordes uma sonoridade ‘new age’, com influências místicas e caboclas, de olhar sereno e atento a manutenção e valorização das tradições afrodescendentes e do cancioneiro popular.

Beto Oscar nasceu em 11 de janeiro de 1971. É instrumentista, cantor e compositor amapaense. Iniciou seus estudos musicais no antigo Conservatório Amapaense de Música, concluindo o curso técnico em violão erudito pela Escola de Música da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Depois, graduou-se em licenciatura plena em Música pela mesma unidade de ensino superior paraense. Já participou de vários festivais de música no Amapá e em outras cidades brasileiras, obtendo diversas conquistas.
Helder Brandão é cantor e compositor amapaense, com formação no curso de Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Federal do Amapá (Unifap). Atualmente exerce a função de músico na Banda de Música da Polícia Militar do Amapá. Ele também é compositor e intérprete e participou de diversos festivais em nível local e nacional.

A dupla tem um disco gravado denominado de ‘São Batuques’. Beto e Helder estão trabalhando num novo projeto para logo lançarem a segunda obra autoral. ■

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Aquilombar



A ‘Sankofa Eco Casa de Arte e Cultura Africana’, reabre para atividades, mas cumprindo os protocolos dos órgãos de segurança e saúde.
O reencontro está marcado para a sexta (28), a partir das 15h. Pra quem tava com saudade de: aquilombar.

Novidade


 

O site ocantodaamazonia.com tem lançamento agendado para o dia 3 de setembro, às 16h.

Será mais uma ferramenta na divulgação e valorização da arte, cultura e dos artistas da Amazônia.
O mundo vai conhecer o que os artistas da floresta produzem.

Artista amapaense lança campanha para gravar videoclipe



 Uma das mais promissoras artistas musicais amapaense lança carreira solo após deixar o grupo ‘Maniva Venenosa’, onde trabalhou como voz feminina. Nascida sob nome batismal de Ana Débora, de 22 anos, MC Deeh é independente do Moimento Hip-Hop.

Aos 13 anos, ainda no colegial, teve seu primeiro contato com o estilo artístico durante um projeto cultural. Foi quando ela decidiu enveredar pelo seguimento ‘Bgirl’, que significa: garota que dança break. Mais tarde, Integrou o único grupo de break feminino do Amapá, o F.A Flavor Bgirls [Garotas do Break]. Também participou de batalhas de danças e projetos culturais.
Seu interesse pela música cresceu e vieram as primeiras letras e músicas autorais. Nascia ali a MC Deeh.
“Em 2018, lancei meu primeiro trabalho [em videoclipe] me apresentando profissionalmente. Fui a primeira mulher no rap a lançar, no estado, um solo e fazer conexão com outras MC’s do Brasil”, disse a artista.
Na carreira solo ela quebrou paradigmas conquistando seu espaço e alçando visibilidade. Aos poucos consolidou uma carreira profissional. MC Deeh foi precursora do estilo ‘Trap Funk’ no Amapá (mistura de rap com funk). Lançou quatro videoclipes e um foi premiada no Festival de Imagem e Movimento (FIM0 em 2019). Com a música, Deeh diz que transmite a mensagem da força e do espaço da mulher na sociedade, protestando contra o machismo, a misoginia e o racismo. “Com a minha voz transmito a força da mulher negra feminista”, conclui a cantora.
MC Deeh está em campanha para arrecadar recursos. Ela foi convidada para gravar um videoclipe em Belém (PA). Sua viagem está agendada para o dia 30 de agosto, mas a artista amaepaense não tem como custear as despesas. Quem puder colaborar com o trabalho pode fazer contato através do número (96) 98411-0596 ou pelo e-mail: dheborrabygirll@gmail.com.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

‘Lamento’


Título da obra musical do cantor e compositor, Ozy Rodrigues, em parceria com Dagoberto Paranhos. “Terra lavrada, irrigada e fertilizada com sangue e suor dos negros que aqui aportaram…”. Bela canção.

Representante


Ativista cultural, Vanilson Monteiro, o popular ‘Vavá’, é o idealizador da Comunidade Paraense no Rio de Janeiro, onde mora há cerca de 30 anos. Acesse as redes sociais e conheça o projeto.

Tem realizado belos projetos artísticos pela valorização da cultura da região Norte, sobretudo, do Pará.

Rota Samba


Dia 11 de setembro o sambista ‘Cafu Rota Samba’ vai realizar uma live. Será o resgate dos melhores sambas de todos os tempos. Ao vivo, pelas redes sociais, a partir das 19h.

‘Poço do Mato’


Título do poema de Ademir Pedrosa que Osmar Júnior musicou e resultou em uma bela música. A composição foi gravada no 1º disco do poetinha, ‘Revoada’.

“Era mato por todo canto, canto por todo mato, o canto do pintassilgo e o canto do pintado. Aí foi passando tudo, passa isso, passa aquilo…”.

Refinada


Cantora amapaense, Nani Rodrigue é dona de uma voz refinada e delicada. Tem agradado os fãs com seu belo cantar. Em seus shows interpreta um vasto repertório da boa música brasileira, com destaque para o cancioneiro amapaense. Parabéns.


A rica música popular amapaense


 O Amapá tem localização privilegiada na região Norte do Brasil, fazendo fronteira com o território francês. Sua capital, Macapá, é banhada pelo maior rio do mundo em extensão e volume d’água, o Amazonas. Isso é cantado em várias músicas nossas. Os ritmos e sons dos tambores do meio do mundo [marabaixo e batuque], encantam os ouvidos de quem escuta nossa arte.

Isso é motivo de orgulho, pois não podemos deixar de valorizar o que Deus nos deu de presente. Não podemos desprezar o dom de cada artista que se dedica à arte de encantar através da música.

Temos conquistado grandes e merecidos resultados que servem de espelho para os novos artistas caminharem com o propósito de produzir música, tendo como matéria prima a nossa cultura.

Podemos citar grandes projetos com temáticas tucujus que conseguiram sair do Amapá e brilhar em outras regiões do país, reconhecidos e premiados como: Grupo Senzalas; Patrícia Basto; Banda Negro de Nós; Oneide Bastos; Grupo Pilão; Osmar Júnior; Brenda Melo; Chermont Júnior; Zé Miguel; Ana Martel; Ademir Pedros;, Enrico Di Miceli; Orquestra Essência; Grupo Raízes do Bolão, entre outros.

O convite está feito, o compromisso firmado, a arte está pronta – a responsabilidade é de todos, mas o amor é de poucos, infelizmente.

Porém, os que cultivam o amor são fortes e esse sentimento sempre vence, doa a quem doer. Afinal, não é à toa que Joãozinho Gomes e Val Milhomem dão a dica: “Do Curiaú para todo o Brasil, do Brasil para o mundo, e lá vai Marabaixo para todo o universo…”.

 

*OCANTODAAMAZONIA.COM - DO AMAPÁ PARA O MUNDO*


Veja que notícia boa. Dia 3 de setembro, às 16h, o programa *O Canto da Amazônia* (Diário FM 90,9) vai lançar o site da cultura. Isso mesmo. O nosso programa de rádio ganhou um site para ampliar na divulgação da arte e dos artistas da Amazônia para o mundo. É só digitar ocantodaamazonia.com e conhecer o que os artistas da floresta produzem.

 

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Referência


Músico percussionista amapaense, Nena Silva (da comunidade de Curiaú) é referência quando o assunto é tocar caixa de marabaixo ou tambor de batuque.
Já gravou e tocou com vários artistas da Amazônia e do país, principalmente, do Amapá.
Dono de uma técnica refinada e original. #Respeito.

Aceap


Radialista Tarciso Franco assume interinamente a presidência da Associação dos Cronistas Esportivos do Amapá (ACEAP).
O titular Carlos Brito (Aracati) lançou pré-candidatura a vereador de Macapá e teve que se ausentar da função

‘Tempos Remotos’


Título da primeira parceria musical do poeta Joãozinho Gomes com o músico e cantor Thiago K.

Lançamento agendado para o dia 20 de agosto, também em videoclipe, em todas as plataformas digitais do artista.

Grão da Música

 Acontece no dia 3 de dezembro o Prêmio Grão de Música 2020 OnLine. Haverá participação de quatorze estados em uma coletânea com quinze faixas.

Nessa edição os artistas contemplados são: Adriana Deffenti (RS), Aparecida Silvino (CE), Célia Sampaio (MA), Darwinson – Oficial (GO), Euterpe (RR), Mestre Fuba (PB), Graça Gomes (AC), Joana Terra (BA), Jonathan Silva (ES), Marfiza (RO), Nilze Carvalho (RJ), Osvaldinho da Cuíca (SP), Patrícia Quinteiro (RJ), Sergival Silva (SE) é Valéria Oliveira (RN).

Amadeu Cavalcante: a voz do cancioneiro amazônico

 



Sem dúvida, nenhum artista tucuju tem uma das vozes mais privilegiadas do cancioneiro brasileiro e a mais marcante da Amazônia como Amadeu Cavalcante. Filho do Amapá, nascido na capital, Macapá, em 2 de setembro de 1961, iniciou sua carreira profissional cantando nos bares na década de 1980.

Em 1989, lançou o primeiro disco da carreira, o LP Sentinela Nortente, em parceria com o também cantor e compositor amapaense Osmar Júnior, que compôs todas as canções. Em 1991, lançou o segundo disco [Estrela do Cabo Norte], gravado no Rio de Janeiro.

Em 1996 foi a vez de Tarumã, que traz na capa a pintura do artista plástico amapaense Da Gama, retratando a lenda folclórica do rio Calçoene (município amapaense), vislumbrada na canção que dá nome ao disco. O CD foi gravado no MM Studio e masterizado no Rio de Janeiro.

A partir de abril de 1997, Amadeu Cavalcante passa a integrar o Quarteto Senzalas, junto com Zé Miguel, Val Milhomem e Joãozinho Gomes, lançando o CD Dança das Senzalas, em 1999, e realizando apresentações ao vivo nos palcos brasileiros por meio do Projeto Pixinguinha, além da Europa. Mais tarde, Zé Miguel deixou o Senzalas.

Com o grupo, Amadeu Cavalcante participou da gravação dos CD’s: Dança das Senzalas (com Zé Miguel, Val Milhomem e Joãozinho Gomes (1999); Tambores do Meio do Mundo (Senzalas – 2010).

O artista também gravou o disco ‘Amadeu Cavalcante Em Família’, em 2011, tendo a participação da esposa, Rosane Rodrigues, e as três filhas, Loren, Anne e Hanna Cavalcante. Em dezembro de 2014 gravou seu último disco solo “Equinócio”. O mestre da voz e da música da Amazônia anuncia que em breve tem novidade pra lançar.

 

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Prefeitura de Macapá prepara lançamentos de novos Songbooks do Projeto “Mestres da Música”

 

A Prefeitura de Macapá dará continuidade ao projeto intitulado “Mestres da Música” com lançamentos de novos Songbooks. É uma iniciativa da gestão municipal, coordenado pela Fundação Municipal de Cultura, voltado aos principais melodistas e apreciadores da música, estudantes e pesquisadores. O prefeito Clécio Luís recebeu o diretor artístico do projeto, Alan Gomes, na noite desta terça-feira, 11, no Palácio Laurindo Banha, com a finalidade de socializar informações sobre a continuidade do trabalho.

De acordo com o prefeito Clécio Luís, o projeto faz parte de uma coletânea composta por quatro livros de personalidades amapaenses e que servirá de registro para as próximas gerações. “Essas obras não são só do Amapá, mas do mundo. São trabalhos dos mestres Nonato Leal, Amilar Brenha, professor Tiago e Oscar Santos. Estão sendo registrados para que os próximos músicos tenham acesso e possam difundir o conhecimento e a cultura produzida no estado”, destacou.

Alan Gomes ressaltou sobre a relevância do material à população local. “Um produto de extrema importância para a cultura amapaense, que irá guardar e eternizar as obras desses grandes compositores. Na verdade, isso faz parte de uma coletânea denominada ‘Mestres da Música’. Começou com o professor Nonato Leal. O próximo será do Amilar Brenha. Em seguida, teremos do mestre Tiago e do mestre Oscar Santos. Sendo que a obra do mestre Oscar é muito grande. Então, nós estamos tendo o cuidado para lançar todo o material dele. Estamos com muita expectativa por esse material, pela importância histórica, e as pessoas precisam valorizar os nossos heróis, pois todos eles são importantes para a cultura amapaense”.

A diretora-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Marina Beckman, também esteve presente na reunião. O lançamento do projeto aconteceu em julho do ano passado, quando o mestre instrumentista Raimundo Nonato Barros Leal recebeu a 1ª edição do Songbook, composta por 10 partituras autorais do músico e também ganhará, em breve, uma versão digital, bilíngue e com mais 12 composições inéditas.

Secretaria de Comunicação de Macapá
Cliver Campos
Assessor de comunicação
Contatos: 98126-0880 / 99175-8550
Fotos: Gabriel Flores

80 anos


Na segunda (17) a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) completa 80 anos de existência, marco importante para a instituição que é um patrimônio da cultura do país.

Com a pandemia os planos para a temporada comemorativa tiveram que ser adaptados para o ambiente virtual. Nos próximos dias lançará uma série especial de aniversário e retomará a temporada, mas no formato online.

Banda Mano Roots lança o disco ‘Estrada do Mazagão’

A banda musical amapaense, ‘Mano Roots, está preparando o lançamento, através de uma live, dia 31 de agosto, direto de Santana, de seu 1º disco denominado ‘Estrada do Mazagão’, que acaba de ser gravado. O lançamento será pelas redes sociais da banda a partir das 20h.

O cantor da banda, músico e compositor, Dylan Rocha, disse que por causa da pandemia do novo coronavírus o grupo ficou impossibilitado de realizar seus projetos, o que gerou crise geral com consequências nada boas na economia, na sociedade e na vida cotidiana.

“Os impactos na área cultura são extremamente acentuados. As instituições foram fechadas. As casas que se destinam às apresentações musicais cancelaram os shows e demais eventos. Os efeitos do distanciamento social atingiram a rede de produção e execução cultural. Nesse contexto a banda Mano Roots resolveu realizar uma live para divulgar o disco e arrecadar alimentos para contribuir com famílias carentes”, acrescentou.

Em 2003, um grupo de amigos se reuniu criando a banda que logo despontou no cenário amapaens. Eles transitaram pela MPB, choro, rock, carimbó, baião, mas se identificaram mesmo com o reggae, que foi mesclado com as batidas do Marabaixo, ritmo originalmente tucuju.

A banda apresenta um repertório inspirado na realidade da região, como identificado na música ‘Negrinha do Curiaú’, que retrata a beleza e cultura negra remanescente no quilombo do Curiaú, localizado na zona norte de Macapá. Também na canção ‘Estrada do Mazagão’ (título do disco), que aborda o conflito religioso entre mouros e cristãos durante a ocupação da região e a manutenção da tradição perpetuada na encenação na festa católica de São Tiago.

Na música ‘Gueto’, expressa os problemas sociais que atingem a cidade e o país, citando as drogas: “o crack se levanta/ te afasta da família, te escraviza e você cai/a precariedade do saneamento básico e a prioridade da preservação da natureza”. Nas letras ainda se vislumbra a declaração clara dos temas sociais que atingem humanidade: “O lixo enxotando as garças e a água declarando a falência da cadeia alimentar…”.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Diferente

 

Produtores já afirmam que a música produzida na Amazônia é diferente de todas as existentes no país. Ritmo, som, percussão, letra, temas, linguagem e o tempero regional de toda musicalidade fazem a diferença.

Costa Norte


Movimento Costa Norte é o nome do projeto musical que revolucionou, valorizou e firmou a identidade da música popular amapaense.

Foi criado na década de 1980 por Osmar Júnior, Zé Miguel, Amadeu Cavalcante e Val Milhomem.

Bandeira do Samba


 É o nome do primeiro grupo de samba do Amapá, criado na década de 1980, que iniciou a valorização dos sambas e pagodes feitos em casa.

O grupo era formado por Carlos Pirú, Pedro Ramos, Adelson Preto, Bibi, Espiga do Cavaco, Aureliano Neck, Nena Silva, Nonato Soledade, Lincolin Américo e Carlinhos Bababá. As rodas de samba rolavam no Bar do Tio Duca [Laguinho]. #História.

Jingles


Compositor e produtor, Finéias Nelluty já está trabalhando com a produção de jingles para a campanha eleitoral 2020. “São mais de 20 anos realizando esse projeto”, disse Neluty. Informações: (96) 99115-1774.

Serenata

 

A cantora Sabrina Zahara e o violonista Péterson Assis lançaram um belo projeto que serve de acalanto nesse momento de pandemia. É o ‘Dê Uma Música de Presente Em Uma Linda Serenata OnLine’.

Você escolhe a música, manda o recado e eles gravam em vídeo e lhe enviam. É só entrar em contato com a dupla pelo telefone (96) 98418-7014. Boa sacada.

Aldeia


 Na sexta (14) tem lançamento do disco ‘Aldeia Tupinambá – Uma Homenagem ao Bumba Meu Boi de Maracanã. Em todas as plataformas de streaming (Music Zabumba Records).

No forno

 

Jovem cantor amapaense, Dylan Rocha revela ter acabado de sair do forno o 1º disco (CD) da banda de reggae ‘Mano Roots’, sob título ‘Estradas do Mazagão’. O próximo passo é a divulgação do projeto. Parabéns e boa sorte.

Obra de Guimarães Rosa lançada em Audiolivro


 As editoras Tocalivros e Global lançam o audiolivro ‘A Hora e Vez de Augusto Matraga’. Um dos clássicos da literatura nacional assinado pelo maior escritor pós-modernista brasileiro, João Guimarães Rosa.

Mitológico, regionalista, singular e inovador, João Guimarães Rosa dispensa apresentações. Sua obra e sua reinvenção conseguiram ultrapassar as fronteiras das palavras que seguem vivas, mesmo depois de tanto tempo no imaginário da narrativa do povo brasileiro. Nas bibliotecas, nas escolas, entre os leitores e agora, também, em ondas sonoras. A iniciativa de transformar as conversas do sertão sem fim em áudios é da Tocalivros, empresa brasileira que faz a magia literária de converter bibliotecas inteiras em megabites.

O conto encerra a obra ‘Sagarana’, publicada em 1965 por Guimarães Rosa. A obra destaca a perfeita síntese do mandonismo local [entre o bem e o mal] em um enredo surpreendente construído pelo escritor e que reflete sobre instintos, costumes, e, claro, os dilemas da vida. Um dos maiores clássicos da literatura brasileira disponível onde e quando quiser, na palma da mão e nos fones de ouvido.

Escritor e diplomata mineiro, Guimarães Rosa morreu de infarto em novembro de 1967, aos 59 anos, no auge da fama. Acabara de entrar para a Academia Brasileira de Letras depois de adiar a posse por quatro anos, justamente com medo de morrer.
O audiolivro ‘A Hora e Vez de Augusto Matraga’, que também conta com a narração de Priscila Scholz, está disponível no aplicativo da Tocalivros, em iOS e Android na Apple Store e no Google Play. Além do site www.tocalivros.com

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Rambolde Campos: ‘Macapá, amor à primeira vista’


Rambolde Campos é um nordestino de Natal (RN), com cara de amapaense, uma verdadeira mistura de gente que nasce no Brasil, onde a identidade geográfica musical pouco importa, pois, é no sabor do cancioneiro brasileiro que se ama o que se vive.

O cantor e compositor, Rambolde Cavalcante Campos, artisticamente conhecido como Rambolde Campos, decidiu registrar a própria carreira musical com um projeto de cantador autoral. E deu o nome de “Rambolde 30 anos”, uma coletânea de 30 músicas, onde dez são inéditas, fazendo parte de um álbum duplo especialmente produzido para celebrar a trajetória desse filho potiguar, de Natal (RG), que um dia escolheu as terras tucujus pra morar, bem no comecinho dos anos 80. Desembarcou em Macapá, escorado em um violão e na bagagem, uma penca de sonhos, com sons e ritmos brasileiros. Foi amor à primeira vista. Esse amor já dura mais de dez anos e desse casamento, resultaram dezenas de composições próprias e com outros parceiros de outras paragens, como a canção “Nós passa vida”, feita com Osmar Júnior, um dos maiores compositores e letristas da Amazônia.

Sua cidade de nascimento é Cabugi, alguns quilômetros do município de Lages Pintadas (RG), lá Rambolde cresceu ouvindo o pai dele interpretar no assobio os clássicos de Luiz Gonzaga, o “Rei do Baião”. Apesar de muito jovem, Rambolde já entendia o que o “Véio Lua” queria dizer com “terra ardendo qual fogueira de São João”. Era a seca castigando o povo nordestino. E a desolação era tamanha que até mesmo a Asa Branca, não suportando o braseiro, tinha batido asas do sertão. Foram as canções de Luiz Gonzaga que serviram de inspiração para o cantor.

Atendendo a convites de parentes, que já moravam em Macapá, aos 20 anos de idade, Rambolde Campos, desembarcou em terras tucujus “pra passar alguns dias”, apenas para rever tios e primos e conhecer a terra em que eles moravam há bastante tempo. “Meu tio foi pioneiro em Macapá. “Eu, em Natal, ouvia muito falar dessa cidade, do povo bom e hospitaleiro, e das riquezas naturais que aqui, se gundo afirmavam, existiam em abundância. E ainda existem como a gente pode ver, e me apaixonei imediatamente”, finalizou Rambolde.

Maracatu da Favela é habilitado no Edital Circula Amapá


Os tambores da resistência favelense ecoaram forte e positivamente com o resultado da habilitação de Maracatu da Favela no Edital Circula Amapá, lançado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult). O resultado foi divulgado na noite de quinta-feira (6), no site da secretaria, tendo a verde e rosa do carnaval amapaense como única agremiação carnavalesca a ser contemplada. Fato inédito entre as escolas de samba do Amapá.

O projeto ‘Resistência é Favelar’, representado pela Duas Telas Produções, está entre os primeiros da linha de cultura popular e irá contemplar diversos segmentos culturais. ‘Resistência é Favelar’ é o enredo de Maracatu da Favela para o carnaval de 2021, sendo apresentado pela direção de arte da agremiação e aprovado pela diretoria.

Além de englobar a arte carnavalesca do enredo, o projeto também busca resgatar a herança popular guardada na memória e no coração daqueles que um dia viveram em um espaço territorial chamado favela.

A execução do projeto terá palestras, rodas de conversa, oficina de percussão de marabaixo e bateria da escola de samba, oficina de dança e apresentações culturais, sendo todos voltados para o resgate e valorização da cultura favelense.

Para o presidente Luiz Mota (Geléia) “esse projeto visa levar à sociedade amapaense uma discussão sobre o espaço territorial conhecido carinhosamente por Favela. Um lugar de pertencimento que ficou guardado na memória de seu povo, e que apesar de não se configurar como um bairro da cidade de Macapá, algumas instituições culturais carregam em seus nomes o termo ‘favela’, não deixando que esse espaço caia no esquecimento. Essa é mais uma atividade de Maracatu da Favela e ainda teremos muitas novidades para nossa comunidade”, finalizou. A execução do projeto será a partir de 2021 e a direção de arte da escola já trabalha no cronograma de atividades para o evento.

 (Cláudio Rogério).

Expectativa


Fãs da cantora Brenda Melo já estão em contagem regressiva para o lançamento de seu novo single, ‘Sou o Norte’, com composição de Finéias Neluty.
No próximo sábado (15), com direito a videoclipe. Lançamento será no YouTube da artista e plataformas digitais (Instagram, Facebook – Fanpage, Spotify, Itunes e outros).

Favelando


Projeto ‘Por Trás do Pavilhão’, de Maracatu da Favela, recebe nesta terça-feira (11) o 1º casal de Mestre Sala e Porta Bandeira da agremiação carnavalesca, Adriano Almeida e Lika da Favela.
Com transmissão pelo Instagram, às 19h, na página oficial @encontrodecasaisamapa. Sob coordenação e apresentação da porta-bandeira, Alessandra Azevedo. Bela iniciativa.

 

Bandaia


Que notícia boa. Na sexta (14) vai rolar a ‘Bandaia no Curiaú’. É uma homenagem a São Joaquim, padroeiro da comunidade.
Evento acontece na residência do senhor Mateus (Toca da Raposa), às 19h, com participações especiais de Pedro Ivo (Guto), Filhos do Curiaú, Raízes do Bolão e Mário Neilton. Transmissão será pela página Heranças Ancestrais, no Facebook.

Cinema


De 14 a 28 de agosto o Itaú Cultural exibe em seu site www.itaucultural.org.br, um ciclo de filmes com um recorte da obra do premiado cineasta brasileiro Eryk Rocha.
A mostra mergulha na mentalidade do cinema brasileiro a partir de histórias que se aproximam da realidade das pessoas.

https://www.itaucultural.org.br/secoes/agenda-cultural/mostra-eryk-rocha-cinco-filmes-cineasta

Samba de Dois


Título do 1º livro da poetisa amapaense Neth Brazão, lançado recentemente, em e-book. A obra mistura poesia erótica, samba e outros temas. Visite a livraria amazon.com.br e adquira o seu.

“Confaca”

Nonato Santos, ou ‘Cantador da Amazônia’, como é chamado, teve sua música [Senhor de Marajé], selecionada na 1ª Mostra Musical da Confraria de Autores de Canções (Confaca).

Evento acontece entre os dias 14 a 22 de agosto, em São Roque (SP). A participação do amapaense, através do videoclipe da música, será dia 14, às 19h, pelo canal da Confraria, no YouTube. Boa sorte.

Oneide Bastos: a rainha da música da Amazônia


Uma cantora de voz aveludada e timbre perfeito que mora bem no meio da floresta verde esperança. Com um jeito tucuju de gente da beira do rio, que tem um cantar que se confunde com o canto dos pássaros que nos saúdam a cada amanhecer, nos convidando para mais um dia de vida livre.

Oneide Bastos é amapaense da gema e faz questão de falar: “eu não tenho vergonha de dizer que sou amapaense e assumir minha identidade artística de caboca tucuju”. Oneide mergulhou na vida musical desde criança, nos festivais e bailes infantis já cantarolava as canções que eram sucesso no movimento da MPB. Ela passou por vários grupos musicais, corais (Vozes do Amapá) e outros. De 1977 a 1982, emprestou sua voz ao grupo Seomo, mas nunca deixou de participar de outros momentos. Em 1989 realizou um vôo mais alto duran turnê pela Guiana Francesa.

Em 1992, Oneide Bastos gravou seu primeiro ensaio musical com parceiros paraenses no disco intitulado “Tempero Regional”. Em 1994, surge seu primeiro disco, “Mururé”, gravado inicialmente em LP e depois prensado numa edição em CD. O disco recebeu inúmeros prêmios e elogios de público e crítica, tendo merecido até um poema do escritor e poeta Luiz Alberto Costa Guedes, da Academia Amapaense de Letras. Em 1996, participou do 1º Especial de Música Popular da Amazônia, produzido pela Amazon Sat e Amapá FM. Em 1997, teve participação especial no show “As mulheres cantam o Amapá”, idealizado pelo produtor Luciano Santos.

Oneide Bastos também foi intérprete dos grupos Trio da Terra, Sonora Brasil e do Projeto Água. Entre 1991 e 2002, foi uma das protagonistas do musical “Meu último tango”, onde contracenou com o bailarino de nível internacional, Agessandro Rego.

Em 2001, com o espetáculo “O show”, resgata e valoriza a música brasileira produzida entre 1930 e 2000. O último disco lançado pela artista foi “Quando Bate o Tambor”, em homenagem aos sons e ritmos da Amazônia. Ela já está gravando um novo projeto. ■

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Amapá presente no I Congresso de Cultura Brasileira Rio 2020



 O jornalista e pesquisador cultural, Cláudio Rogério, é o representante do Amapá no I Congresso Brasileiro de Cultura Rio 2020, versão online. Evento teve início na quinta-feira (6), com encerramento agendado para 27 de agosto.

Rogério entra em cena no último dia de Congresso, às 19h, debatendo o tema ‘A Relação Entre a Educação e a Cultura em Nossa Formação’ – As Estratégias Educacionais de Transmissão Cultural no Ensino Público e Privado. Com transmissão pelo  YouTube https://www.youtube.com/channel/UCfOe8mVt8N4UI4oAGkEYZvA.

São duas lives por noite com diversos assuntos relacionados à cultura e a arte do país. Haverá participação de vários militantes renomados de todos os segmentos artísticos culturais do Brasil.

Na bancada do amapaense estarão presentes – Pituka Nirobe (Escritora de Literatura Afro Brasileira), José Brito (Gerente do Canal Futura – Fundação Roberto Marinho), Cláudio Rogério (Jornalista e Produtor Cultural da Amazônia) e Algemiro da Silva karai Mirim (Professor, mestrado em Profilind – Museu Nacional-UFRJ, Etinia Guarani, aldeia Sapukai de Bracuy – Angra dos Reis).

Cláudio Rogério é jornalista cultural, pesquisador, produtor do programa radiofônico O Canto da Amazônia (Diário 90,9FM), com militância em diversos segmentos da cultura popular do Amapá como Carnaval (diretor, pesquisador, ritmista, consultor), Toada (palestrante, julgador, cobertura jornalística, fotógrafo), Marabaixo (pesquisador, consultor, designer, fotógrafo), Batuque (pesquisador, consultor, designer, fotógrafo), Cultura Junina (representante do Estado na Confederação Nacional de Quadrilhas Juninas como diretor da região norte – consultor temático, pesquisador, palestrante, diretor, fotógrafo).

Incentivo


 Estão abertas até 20 de agosto as inscrições para projetos artísticos culturais do Banco da Amazônia (BASA). São mais de 3 milhões disponíveis para artistas da região Norte. Mais informações no site www.bancoamazonia.com.br.

Representatividade


Mais uma eleição se aproxima e não vemos nenhum artista se apresentar como possível candidato.

Talvez tivéssemos um digno representante que falasse a língua dos artistas. É preciso empunhar a bandeira em favor desse seguimento tão maltratado. Alguém se habilita?

O Cantar


Diretoria de Boêmio do Laguinho realiza no dia 15 de agosto (sábado) projeto ‘O Cantar da Nação Negra’.

Abrilhantam o evento Silmara Lobato (intérprete oficial), ala musical, bateria Pororoca, rainha de bateria Nêga Vânia, Comissão de Frente, casais MSPB e convidados. Live será pelos  canais da instituição no YouTube e Facebook.

Reabertura


Direção do Museu Sacaca anuncia reabertura e retorno das atividades artísticas para o dia 1º de setembro, de 9h às 17h.

Obedecendo a todos os protocolos de segurança determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Encerrado


Prorrogação de prazo para que escolas de samba prestem conta dos R$ 500 mil repassados pelo governo – por meio de convênio para o carnaval 2020 – encerra nesta sexta-feira (07).

Império, Solidariedade e Embaixada de Samba continuam inadimplentes com a segunda parte, que trata do relatório de metas e objetivos alcançados.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Conheça o beija-flor Brilho de Fogo


O beija-flor brilho de fogo, o Topaza Pella, é uma ave da família Trochilidae. As terras amapaenses abrigam o beija-flor que é considerado o maior e mais bonito espécime existente no Brasil. Seu nome científico é Topaza Pella, só que é mais conhecido como beija-flor brilho de fogo ou topázio-vermelho. Também é encontrado em Roraima, Pará, Maranhão, nas Guianas, Venezuela e Leste do Equador.
O macho, com cerca de 20 centímetros de comprimento (incluindo aqui a cauda, com duas penas alongadas e cruzadas), tem a garganta dourada ou verde-metálica, com a barriga vermelha metálica. Já a fêmea, menor (cerca de 12 centímetros) é verde amarronzada, também com garganta vermelha metálica.
Eles constroem seus ninhos em galhos debruçados sobre os igarapés. Estes possuem forma de taça. Antes, durante as cerimônias pré-nupciais, o macho bate as asas diante da fêmea pousada, abrindo e fechando a cauda. O beija-flor costuma tomar banhos em riachos e igarapés, onde chega a nadar sob a água em trajetos curtos. Para se secar, sacode a plumagem em pleno o voo. São poucos lugares que se tem a chance de se deparar com esse bichinho, mas encontrá-lo é um momento inesquecível.

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