sábado, 8 de setembro de 2018

O Silêncio

Arte: Ralfe Braga

O passarinho diria que o SOM é a primeira manifestação da arte, enquanto o seu voo, em movimento, como numa coreografia de balé sobre as pontas de dedos sensíveis e graciosos se apresentaria como a segunda expressão da arte. Certamente o poeta irá concordar, o verbo idem, a palavra em literatura, a arte pictórica, o teatro e o cinema também se renderiam... Tudo bem, tudo certo.
Sublime mesmo seria se, enquanto seres singulares e transformadores que somos, nos déssemos conta de que todos esses encantamentos se resumem ao SENTIMENTO e que tudo está intrinsecamente ligado como irmãos, apegados uns aos outros em perfeita compaixão. Então que venham todas essas sensações, venham de onde vierem, em qualquer grau e ordem. Serão sempre bem vindas. Simples assim.
E como o passarinho, também tente voar sobre sua morada, o pedaço que lhe cabe nesta Gaia Mãe Terra, do alto verás um imenso tapete em tons de verde com linhas sinuosas que desenham rios em veias a irrigar tão bela, porém frágil peça traçada em pontos de ecossistemas, onde não existe horizonte e só é permitido pisar com os pés e alma limpas e mais ainda; onde se pode ouvir em silêncio o silêncio. Sim, ouvir o silêncio do imponente rio, seus ribeirinhos e barquinhos, do índio na mais perfeita sociedade, da cachoeira, do vento nas árvores e de seus habitantes naturais; tudo num festival de timbres a soar em musicalidade nos premiando, mais uma vez, com a cobertura do SENTIMENTO que aquecerá o arrepio do pertencimento e do privilégio em viver aqui ouvindo o som da grande floresta e seu majestoso rio que, generosamente, nos dão guarida, alimento e inspiração. Então venham todos e nos façam companhia nesse plano de voo. Juntos ouviremos em silêncio o som da natureza, o mais puro e perfeito CANTO DA AMAZÔNIA.

Ralfe Braga

Artista Plástico


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